quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Espetáculo de teatro explora a relevância de Franklin Cascaes no contexto atual


Estreia ocorre nesta quarta-feira em Florianópolis e outras nove apresentações estão marcadas para mês de setembro


O filósofo francês Edgar Morin evidenciou em seu livro Para Onde Vai o Mundo? a relação não-linear que existe entre passado, presente e futuro. Segundo ele, somos moldados simultaneamente por nossas lembranças passadas e por projeções futuras. Com isso, o presente se torna algo dinâmico e rico em reflexões sobre o nosso destino.

Franklin Cascaes sabia disso por meio de uma vivência visceral que teve durante seus 74 anos em Florianópolis. Preocupado com as tradições, os costumes e a cultura manezinha, que se confrontavam com a modernidade, ele decidiu documentá-los o máximo que conseguisse, fosse em contos, ilustrações e esculturas – ou em todas essas expressões juntas. Tudo para proporcionar um futuro para algo que já vislumbrava estar sendo esquecido.

Não à toa o artista-etnógrafo é símbolo da cultura tradicional da Ilha e sua obra foi revisitada por diversos grupos teatrais. A Cia Aérea, de Santa Catarina, queria ir ao cerne desse legado, pensando sua relevância no contexto atual. Para tanto, a equipe concebeu o espetáculo Cascaes - Memórias do Homem de Argila Crua desde o início.

— Cascaes ao resgatar esse passado, resgata também a humanidade desse passado — explica a atriz Luiza Lorenz.

A peça, contemplada pelo edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2013, tem direção de Andrea Ojeda, da Cia Periplo Companhia Teatral, da Argentina.

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