A expressão MANÉ, em quase todo o país, significa tolo, lento, otário, tapado, babaca... e por aí vai. É um termo pejorativo. Menos na nossa capital catarinense, e você sabe porque?
A expressão vem do tempo dos colonizadores, na época em que Florianópolis ainda era chamada Desterro "lugar onde viviam os desterrados", pobres que abandonavam suas propriedades em outros países e vinham tentar a sorte no Brasil. Vinham da Itália, da Alemanha, de Portugal... E aqui, os portugueses foram maioria, muitos vindos das ilhas do arquipélago de Açores.
Em Portugal, uma lei restringe a possibilidades de nomes, e na época bem poucos eram permitidos. MANOEL era o mais comum, mais frequente. Por isso, começaram a se referir aos moradores da ilha como os "manoelzinhos",expressão que com o tempo foi transformada em "manezinho" e depois "mané".
Ou seja, MANÉ é um corruptivo de Manoel, e não outra coisa. Coincidentemente, o mesmo termo que noutros lugares tem conotação pejorativa. Então, vamos acabar de vez com esse duplo sentido, e liberar oo orgulho de ser Mané!
Coisa de 50 anos atrás, Mané era mesmo pejorativo, em qualquer canto da Ilha. Sou testemunha disso.
ResponderExcluircorreto
ExcluirExatamente, era pejorativo! O correto é que NÃO significava 'bocó', como no restante do país! A razão do apelido vem do fato de que os moradores pobres, que habitavam as zonas pesqueiras da Ilha se alimentavam com um peixe barato chamado 'Manezinho'. Esse apelido foi dado pelos moradores pobres que moravam na área continental, que eram chamados de "Tripeiros", em função de ter também as tripas do gado como alimento, pois trabalhavam nos abatedores de gado!
ExcluirConcordo
ExcluirBem, Manézinho é para nós um termo carinhoso e até motivo de orgulho embora a conotação dada fora de Florianópolis seja outra. Quanto a tripeiro não me parece que esteja relacionado ao alimento dos pobres do continente e sim por existir, em tempos passados, um açougue especializado em limpar as triplas de gado e comercializar. Tanto é que a rua Tereza Cristina foi durante muito tempo e ainda é pelo mais antigos conhecida como a Rua do Fato.
ExcluirTripas e não triplas...
ExcluirNem faz tanto tempo assim de ser pejorativo. Vinculo ao tal orgulho manezinho o tri do Guga, que não mudou seu jeito de falar, mesmo depois de tantos dólares.
ExcluirManezinho, quando eu era criança noEstreito, bairro continental de Florianópolis, era ser pejorativo, lembro de bem pequena não querer ser manezinha. Eram vários os motivos, a linguagem, uma delas, como não sou açoriana de pai e mãe, hoje curto muito este resgate cultural. Mas dizaoix???? Tax é tolo! Oioiiioioio
ExcluirMeu avô viveu a vida toda com o apelido de mane, e vários outros velhos que conheço da ilha, não sei da onde tirasse isso.
ExcluirIsso daí é por que vem gente de fora que encara diferente, mas eu que vivi em um bairro mais isolado, nunca vi isso de ser pejorativo, seu mané síloca que diga.
ExcluirOlha, a tradicao oral não nos conta esse fato de forma tão simplista, embora também faça algum sentido. Assino embaixo no que foi escrito pela Valéria. Tinha sim uma conotação extremamente pejorativa em relação ao nativo interiorano.
ResponderExcluirOlha, a tradicao oral não nos conta esse fato de forma tão simplista, embora também faça algum sentido. Assino embaixo no que foi escrito pela Valéria. Tinha sim uma conotação extremamente pejorativa em relação ao nativo interiorano.
ResponderExcluirO nome Desterro não tem relação com desterrados, mas sim com a Nossa Senhora do Desterro. Quanto ao mané, concordo com o que esta descrito.
ResponderExcluirA primeira povoação desta terra foi realizada por Açorianos no século XVII, os italianos, alemães e demais citados, chegaram em outras regiões na segunda metade do século XIX.
Dica, antes de escrever e publicar temas referentes a história e cultura de alguma região, estude sua história, para não faltar com a verdade!
Tem a ver com desterrados, sim. Era por causa deles que o nome do local era Nossa Senhora do Desterro. Afinal, conheces outra Nossa Senhora do Desterro?
ExcluirNossa
Excluirbola fora essa matéria
ResponderExcluircomo diria um bom manezinho... Disconcordo dessa materia...
ResponderExcluirEra pejorativo em Florianópolis quando eu era criança.
ResponderExcluirComo escrevem besteira. O termo era pejorativo aqui, sim. A partir da década de 80 é que tentou-se mudar a imagem dos nativos e passou-se a dar outra conotação ao termo. Fale com um nativo bem das antigas e vc vai ver.No ano de 1987, o carnavalesco e jornalista Aldírio Simões, como forma de reagir à invasão de cariocas e gaúchos que começava a tomar conta da cidade, inicia uma campanha de resgate da importância do ilhéu na cultura florianopolitana e cria o Troféu Manezinho da Ilha. Começou ali a dar-se outra conotação ao termo. Antes disso o termo usado era apenas "ilhéu".
ResponderExcluirIsso mesmo. Aldirio Simões é figura central na popularizacao do "manezinho da ilha".. Com a criação do Troféu Manezinho da Ilha até quem não é manezinho quis sê-lo.
ExcluirIndependente do tema " manezinho" a literatura anula a presença do homem e a mulher negra na ilha. A presença africana sempre ofuscada pela branquitude.
ResponderExcluirporque são minoria cabeça de tabaco, mesmo assim não os excluem, ao contrário inclui qualquer um que nasce aqui e leva o jeito manezinho de ser por ser de família tradicional da região. Agora vai dizer que Cruz e Sousa não era manezinho?! É cada um que vou te contar. Podes afirmar que não existe resgate da cultura africana na região ou em santa catarina, mas tradicionalmente a colonização na região foi bem menor em comparação a demais povos em sc. Mas dizer que a expressão não inclui homens e mulheres negras tem nada a ver ohh.
ExcluirEm meu tempo de Floripa, há 60 anos,os nomes mais comuns eram: Osni e Osmar. A corruptela tinha por expressão " oini" e "oimar. Floripa é o único lugar do Brasil em que se pode afirmar que há um dialeto oriundo dos Açores, trazidos pelos emigrantes.
ResponderExcluirSão varias historias sobre o mesmo tema.... Ouvi de um senhor ja idoso, que ouviu de seu avo a seguinte versão: a "long time ago" Ninguem queria viver na ilha, fosse pela dificuldade em atravessar ou pelo simples fato de praticidade (ou seja...PRA QUE?) até que um tal de Manoel, pescador que vivia ali no continente (moro na ilha) resolveu se aventurar e construir uma casa aqui desse lado....todos caçoaram dele dizendo: - Taixxx tolo Mané? ...oioioi! ou "Manezinho bobo". Passou um tempo e outras pessoas resolveram seguir o tal Manezinho, e esses tambem foram considerados "tolos" e eram apelidados de Manezinhos: - Lá vai outro Manezinho pra ilha!!! - enfim, morar na ilha era coisa de "tolos", "Manezinhos"... e era sim, um termo pejorativo. ...disse ainda que, Depois que o Guga conquistou Roland Garros e assumiu numa entrevista ser um "Manezinho da Ilha", todos quiseram ser chamados assim....até os "Haoles" - que significa estrangeiros na lingua havaiana) turistas que vem do RS ou Pr e nao vao mais embora (como eu) fazem questao de ser chamados de "MANEZINHOS"...
ResponderExcluirNão que manezinho não seja um peixe bom ,mais na época nós tínhamos tantas farturas de peixes bons , vem um Zé ruela falar chamavam nós de Mané porquê nós comíamos só manezinho .
ResponderExcluirEu sou manézinho. Floripa era desconhecida até meados da decada de 80. Ser manézinho era sim um motivo de chacota. Com cinco anos fui morar em Foz de Iguaçu e sofria muito "preconceito" pela forma como eu falava. A gente tinha um pouco de vergonha de falar o manezes e tentava emular o sotaque da maioria que estava ao nosso redor para passarmos despercebidos. Quanto aos haoles, todo mundo sabe que só pode ser manézinho quem nasceu ba Carmela Dutra ou na Carlos Correa. Se tu não nasceu em nenhuma delas, lamento: tu não é manézinho. Não importa quantos anos se more na ilha, jamais serão...
ResponderExcluirNinguém queria ser chamado de manezinho pois era uma pessoa tola mal arrumada sem cultura , em fim um manezinho. Depois que o Guga assumiu ser um manezinho, todos se acham manezinho
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